A CERCA
Um velho estava em pé
na porteira daquela cerca quando passei. O cercado já estava todo
destruído e não havia nada para proteger. Mas acreditava precisar
passar o cadeado a fim de que todos soubessem: Ali tinha dono e
parecia zangado. Tudo seco e nada havia para ser roubado no pequeno
casebre. Mas aquele era o mundo dele, assim cuidava da sua história,
passando um recado aos sábios. Aquilo era um cerco moral como quem
dizia: Esse mundo pequeno, a luz de velas e sopa rala, é meu!
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