PEREGRINAR
A solidão que sentia
não podia ser medida pelos que o cercavam. Viajava sempre sem sair
de sua varanda, levando-se para terras distantes em lugares
paradisíacos, sempre bem acompanhado. Também havia céus estrelados
e noites claras. Miséria não se via, riqueza também não. Quando
pousava novamente em sua rotina, percebia amigos indesejados,
trabalho que odiava, sempre esboçados com sorrisos largos em seu
rosto. Achava-se chato por não encontrar algum humor engraçado,
considerando tudo um saco. Cortou os puços em um dia lindo, deixando
uma carta para os amigos que dizia: Hoje acordei bem, decidido a
viandar. Abraços!
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