SILÊNCIO


Estava já desfalecendo. Sentia sua vida sucumbir em uma madrugada solitária, onde resolveu não acordar ninguém. Acredito que por sentir que as dores seriam saradas, apesar de temer a morte. Naquele momento reuniu coragem para fazer silêncio, quando sua respiração chegava com dificuldade e suas vistas já estavam escuras. Tratava-se de uma doença poderosa em que nada mais poderia ser feito e Sabrina sabia disso. Amanheceu o dia, sem ela, mas ainda assim claro e com o sol batendo em sua janela. Agora é primavera, só que você foi embora. Verdade cedo demais.

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